Sobre a artista

O uso de símbolos geométricos para expressar a ideia de ordem no mundo, em conexão com as primeiras civilizações, é a base das esculturas, experiências imersivas e criações digitais de Lalalli Senna. A artista multiplataforma propõe em suas obras experiências de múltiplos significados, fruto de uma bagagem de estudos de diferentes práticas e abordagens estéticas, tanto nas artes visuais quanto na música.

Lalalli vê as formas geométricas como uma ponte para o inconsciente. “Tudo que respeita esses princípios matemáticos acaba sendo harmonioso. Quando nos conectamos com o nosso centro mais profundo e o conectamos com esse Tudo Maior, entramos em harmonia com o cosmos”, analisa Lallali, que desenvolveu o hábito de anotar sonhos, matéria-prima de uma dimensão “onde as coisas ainda não são palavras”, como ela define. Como legítimo artista do Renascimento Digital, Lalalli parte dessas matérias-primas utilizando linguagens diversas, criando esculturas, experiências imersivas que dialogam com o espaço arquitetônico e até obras orquestrais (como a suíte “A Criação do Dia”, de 2015).

“Na minha opinião, arte é a materialização de energias que precisam se manifestar de alguma forma”, define Lalalli, autor de “Nosso Senna”, busto do tio Ayrton Senna apresentado em duas versões. Um foi apresentado ao Papa Francisco e está na coleção do Vaticano. Outra, de tamanho monumental, esculpida em alumínio facetado espelhado, nos lembra o tricampeão mundial de Fórmula 1 no Autódromo de Interlagos e o que seu heroísmo recebe e projeta em seus fãs e em uma nação.

Sem dúvida, o trabalho de Lalalli carrega também os princípios amadurecidos em seus anos de liderança em ações de impacto social – por meio do Instituto Ayrton Senna – e na mentoria de grupos que reúnem novas gerações de famílias empresárias. “Em última análise, a minha arte é uma manifestação desse desejo de mudar o mundo. É uma forma de conscientizar”, resume a artista, que também é diretora criativa da Senna Brands.